15 de ago. de 2012

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS




Métodos contraceptivos são métodos utilizados por quem tem vida sexual ativa e quer evitar a uma gravidez. Existem vários métodos, alguns podem ser utilizados pelos homens, outros pelas mulheres, variando bastante em eficiência.

Método de ritmo (tablinha)

O método de ritmo é um método comportamental de contracepção que consiste em evitar a fecundação do óvulo pelo espermatozóide evitando-se relações sexuais em dias próximos ao dia da ovulação. Em mulheres com ciclo de 28 dias, que corresponde à maioria, evita-se relações sexuais entre o 10º e o 20º dia do ciclo (período fértil). Para usar este método tem que se tem em mente que o 1º dia do ciclo coincide com o inicio da menstruação, o 14º dia é quando ocorre a ovulação.  O ciclo pode ser observado com uso de calendários e auxiliado com o monitoramento da temperatura corporal basal e mudanças na viscosidade do muco cervical (método de Billings). 


No dia da ovulação a temperatura corporal da mulher diminui, aumentando de forma aguda a partir da ovulação. 



Já o muco cervical torna-se mais espesso próximo à ovulação. 


Este método de ritmo tem índice de falha de 15% a 35%. A falha do método é explicada devido a oscilações do ciclo do dia de ovulação e devido a sobrevivência dos gametas no trato reprodutivo. Os espermatozoide podem sobreviver até 6 dias e os óvulos até 3 dias.

Método do coito interrompido

O coito interrompido é um método comportamental que consiste em evitar a fecundação do óvulo pelo espermatozoide retirando o pênis da vagina antes da ejaculação. Este método apresenta falha de 10% a 40%, pois nem sempre é conseguido com sucesso total.

Métodos de barreira (camisinha e diafragma)

Os métodos de barreira consistem em posicionar um obstáculo físico entre o óvulo e o espermatozóide. O uso de camisinha masculina e feminina e do diafragma são exemplos de métodos de barreira.

As camisinha modernas são feitas de material impermeável e elástico, geralmente látex, que se ajustam sobre o pênis erétil ou no interior da vagina, no caso da feminina. Além de função contraceptiva, já que evita a entrada do espermatozóide na vagina, a camisinha auxilia na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a AIDS, gonorreia e sífilis, entre outras.  O uso de camisinha apresenta índice de falha de 3% a 20% devido a defeitos de fabricação e mau uso. Consiste em mau uso colocar a camisinha com ar dentro, o que aumenta a chance de estourar e permanecer com o pênis na vagina após a ejaculação. 




O diafragma é um objeto de borracha em forma de cúpula que é colocado no interior da vagina de tal forma que cubra o cérvix uterino que faz a comunicação vagina-útero. Antes de ser introduzido na vagina o diafragma pode receber um creme espermicida para matar espermatozoides. O diafragma apresenta índice de falha de 3% a 25% devido à colocação incorreta.



Geleias espermicidas

O uso de geleias espermicidas é um método químico de contracepção, que visa matar os espermatozoides na vagina evitando a fecundação do óvulo. O índice de falha deste método varia de 3 a 30%.



Lavagem vaginal

A lavagem vaginal consiste em lavar a vagina com água a relação sexual, com intuito de retirar os espermatozoides da vagina antes de atingirem o útero. É método de alto índice de falha, chegando a 80%, pois rapidamente os espermatozóides atingem o útero, não sendo atualmente recomendado seu uso.

Métodos hormonais (contraceptivos orais, injetáveis e implantes subcutâneos)

Os métodos hormonais consistem na administração de doses de hormônios sintéticos semelhantes ao estrógeno e a progesterona durante o ciclo reprodutivo feminino. O estrógeno tem a capacidade de inibir a secreção do hormônio FSH pela glândula hipófise anterior (adenohipófise) impedindo maturação dos folículos ovarianos até o estágio maduro e a progesterona inibe a secreção do hormônio LH pela hipófise anterior o que impede a liberação do ovócito secundário do ovário (ovulação). Portanto, os métodos hormonais impedem em ultima instância a ovulação. Os hormônios podem ser administrados por via oral, por pílulas ingeridas diariamente, por injeções de ação de longa duração, introdução anéis vaginais, aplicação de adesivos cutâneos, por   implantes subcutâneos e por dispositivos intrauterinos (DIU). O índice de falha dos métodos hormonais é extremamente baixo, oscilando de 0 a 3%.



Pílula do dia seguinte (contracepção de emergência)

A pílula do dia seguinte são medicamentos que possuem hormônios sintéticos que agem no útero impedindo a implantação do embrião ou provocando um aborto precoce do embrião. São tomados em caráter de emergência, quanto se detecta a possibilidade de uma fecundação ter ocorrido. O índice de falha deste método é de 0% a 15 %. A eficiência do método é maior quanto mais cedo for administrado.



Implante de dispositivos intrauterinos (DIU)

Os dispositivos intrauterinos (DIU) são peças plásticas revestidas por cobre e as vezes carregadas de hormônios. Introduzidas no interior do útero, tem como objetivo intoxicar os espermatozóide e irritar a mucosa uterina, impossibilitando a implantação de um  embrião. O índice de falha e de 0,5% a 6% e recomentado a mulheres sensíveis aos efeitos colaterais dos métodos hormonais.





Esterilização

A esterilização é realizada por métodos cirúrgicos. No homem a cirurgia realizada é a vasectomia, que consiste na retirada de uma parte do ducto deferente e sua ligadura impedido que os espermatozódes sejam incorporados ao sêmen. Os espermatozóides continuam a ser produzidos, mas são constantemente destruídos. 



Na mulher a cirurgia chama-se ligação tubária e consiste em um corte e amarramento das tubas uterinas o que impede que os espermatozóides encontrem com o óvulo e ocorra fecundação. 


Estes métodos são de difícil reversão e são sem falhas, quando bem realizados pelo cirurgião.

Resumo dos métodos contraceptivos

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